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Municipários pedem 20,09% de reajuste salarial

Decisão tomada em assembleia geral da categoria na manhã desta sexta-feira leva em conta os três anos sem qualquer correção

Jô Folha -

Depois de duas horas e meia de leitura e debates ficou definido: os municipários irão reivindicar 20,09% de reajuste salarial, referentes ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2019, 2020 e 2021, já que a categoria completa três anos sem correção. Os trabalhadores também irão pedir um vale-alimentação de R$ 500,00; valor que surgiu durante a assembleia geral que lotou o auditório externo do Colégio Municipal Pelotense. A proposta deve ser oficializada à prefeitura na segunda-feira, com apoio de servidores que devem se juntar à entrega formal do documento.

O encontro, realizado na manhã desta sexta-feira (29), foi a primeira assembleia presencial desde o início da pandemia. Com um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da Covid-19 e discursos acalorados, não faltaram críticas aos líderes das três esferas de governo. Em um dos momentos mais fervorosos, em pé, e de mãos em riste, os trabalhadores gritaram repetidamente em uníssono: "Fora Bolsonaro".

Ao se pronunciar sobre a etapa de negociações que está por vir, a presidente do Sindicato dos Municipários de Pelotas (Simp), Tatiane Rodrigues, foi incisiva: "Tem que ter bala na agulha e capacidade de lutar. Não dá pra levantar o braço para os outros lutarem. Temos que estar preparados para os momentos de enfrentamento que estão por vir", reforça, em tom de chamamento.

Confira alguns outros pontos da pauta de reivindicações 

- Base da cálculo para as demais vantagens: Fixação de um vencimento-padrão no valor de R$ 1.215,00 para todos aqueles que possuam valores salariais abaixo do mínimo nacional. A perda do poder de compra, mesmo para itens básicos, gera preocupação.

- Plano de Carreira para todos os trabalhadores: Retomar as discussões para a criação de um Plano de Carreira para todos os servidores da administração direta, das autarquias e das fundações públicas. A intenção é de que a prefeitura apresente cronograma com calendário de reuniões. Durante a assembleia, foi aprovada a formação de um Grupo de Trabalho, com representantes de diferentes áreas e setores, que possam debater a atualizar a versão apresentada ao governo em 2009.

- Adicional de risco de vida: A categoria também pleiteia nova lei municipal, que conceitue e qualifique as situações que caracterizem a exposição à situação de risco. O Simp também reivindica que os guardas municipais e os agentes de trânsito recebam o mesmo percentual de risco de vida que os agentes de segurança pública do Estado. O adicional passaria de 185% para 222%.

- Insalubridade: Revisão das condições de trabalho e elaboração de laudos periciais para as situações em que servidores mantêm contato permanente com agentes insalubres ou perigosos, mas não têm as atividades reconhecidas como tal ou o adicional recebido tem grau inferior ao previsto na legislação. A queixa parte de trabalhadores, como mecânicos, serventes, merendeiras e profissionais de saúde que atuam em Centros de Atenção Psicossocial (Caps).

Assédio moral e descontos do vale-alimentação também são alvo

Reabrir o debate para aprovação de lei municipal para o combate ao assédio moral no serviço público municipal está na mira da categoria. A intenção é retomar as tratativas com a Câmara de Vereadores. A derrubada dos descontos no valor do vale-alimentação nos casos em que o servidor está em licença-saúde - não ocasionada por acidente de trabalho, que já está contemplada em lei - também integra os objetivos dos municipários.

Governo aguarda proposta, para se pronunciar 

A secretária de Administração e Recursos Humanos, Tavane Krause, preferiu aguardar a apresentação oficial da proposta do Simp para só, então, se manifestar. "Estamos trabalhando na avaliação do cenário, junto com a Secretaria da Fazenda, para apresentarmos uma proposta", restringiu-se a afirmar, através da assessoria de imprensa.

 

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